23 de ago. de 2011

Infância...

Como eram boas as brincadeiras, não eram? Onde animais falavam, inclusive os de pelúcia, quando os dias duravam simples minutos, as noites, alguns segundos deitados no escuro. Quando podíamos ter quantos filhos quiséssemos  tirando e colocando almofadas na barriga. Quando alguns dias demoravam milhares de éon entre passeis na selva, sequestros, dramas familiares, cavalgadas ao por do sol e outros não duravam nem alguns segundos, quando pulávamos-os a nosso bel-prazer. Lembram dos bailes, os mais estranhos possíveis, alguns com princesas estranhas, diferentes e desajeitadas, e príncipes de extrema beleza? Ou os que dançávamos com animais de pelúcia, imaginando nossos pares dançando, porque afinal, animais pensavam como nós, não importava o que os adultos diziam!
Lembram de quando éramos soldados, espiões internacionais, super-heróis, reis , rainhas, empresários, estilistas, cantores atros do rock, fadas, duendes, magos, barbies e pollys, caçadores e caças, sempre destemidos, sempre fortes, e mesmo que a coisa se complicasse para dar mais emoção, ao fim do dia, antes de dizer tchau, tudo dava certo, porque a única regra definitiva que as brincadeiras acatavam era que o Era Uma Vez e o Felizes para Sempre sempre existirão.

Skitter - A Maluca do Blog ( Inspirado nas suas próprias brincadeiras e nas de JG e IF)

10 de ago. de 2011

Indignações de estudante #2

Eu estou irritada. Estou muito irritada. Grama. Sabe o que é grama? Grama verde e fresquinha com cheiro de natureza? Pois é, na minha escola tínhamos um campo cheio dela, verdinha e crescendo. Todo mundo adorava passear por ali, brincar de pega pega, correr, jogar vôlei, alerta, e bets. Minha escola é dividida por dois clãs dominantes de... Kero-keros. Exatamente, aqueles passarinhos de pernas longas, uma pena na cabeça e que corre atrás de você violentamente se você chega à 50 KM do ninho dele.
O clã da campina como eu chamava colocava ovos naquele pedaço de grama, e todo verão tínhamos filhotinhos caminhando por ali. Toda a criança da minha escola já teve esperança de conseguir acariciar um filhote de Kero-kero, e descobrir que isso é impossível sem ser assassinado pelos pais dos filhotes é um rito de passagem. Eu cresci assim, e crianças antes de mim cresceram aqui. Mas um praga se alastrou pela escola, tão rápido como as folhas caem de um dia para o outro no outono. O chamado PROGRESSO.
Cobriram nossa grama verdinha e fresquinha com cimento, fazendo mais duas quadras sendo que já tínhamos 7. Tiraram a chance dos novos filhotinhos de Kero-kero nascerem no lugar que sempre nasceram, de as crianças brincarem e crescerem onde sempre brincaram e cresceram. Mas não importa. ELES NÃO SE IMPORTAM. E afinal o que eu posso fazer?

Skitter - A maluca do blog (Que passa a aula de Educação Física de cara feia)