31 de dez. de 2011

Querido 2012...


"Querido 2012
Tire aquelas lágrimas que derramamos em 2011 e transforme em sorrisos. Pegue aquelas desgraças que aconteceram, terremotos, enchentes, e tudo de mal que nos assolou durante o ano que se passou e transforme em alegrias futuras. Pegue aquela solidão que aquele menino sentiu e transforme em amor que ele sente por aquela menina, sua cinderela. Pegue aquela distância e a diminua para que ambos possam ficar juntos. Cure os cortes nos braços errados. Transforme sapos em príncipes - porque todas estamos fartas de sapos - e falsos principes em sapos - para que aprendam a ser humildes. Cure corações partidos. Limpe a bagunça que deixamos e faça com que ela vire uma bela imagem. Faça milagres de se for possível. Faça com que aquelas pessoas que não acreditam neles, olhem para o céu e vejam a Deus sorrindo para eles.
2012, seja bom. Faça o fim valer a pena.
PS: Faça com que ele me ame."


Preguei a carta à árvore e voltei para o banco de pedra. A neve continuava caindo na nossa cidade eu apostava, mas não ali, no calor da Califórnia. O natal já tinha passado fazia 6 dias, e Papai Noel não tinha atendido o único pedido que tinha feito à ele. "Papai Noel, por favor, só quero ele de natal.". Quando acordei não havia nada debaixo da árvore, não que eu esperasse que ele estivesse lá. Já era grandinha o bastante para saber que Papai Noel era uma lenda inventada pelas lojas de departamento para vender mais brinquedos no natal, mas não custava tentar. Ultimamente, eu estava ficando sem opções.
Quero dizer, um dia ele teria que ver certo? Ele não era o mais bonito, suas roupas se limitavam à camisas xadrez, calças jeans e moletons soltos, e seus interesses à video games, discos de vinil e revistas em quadrinhos. Um nerd embalado para a viagem. Mas eu o amava. Era inteligente, engraçado, meu melhor amigo. Mas nada do que eu fazia o fazia ver.
Observei o a brisa fresca que vinha do mar balançar a carta presa e levantei-me suspirando. Tinha uma festa para ir. Não queria me atrasar.

Quando nosso carro chegou à praia, a galera do outro já tinha acendido a fogueira.
-Achei que tinham ficado presos na neve!
Gritou um deles de brincadeira, provocando Dave que estava no volante. Ele revirou os olhos e saiu do carro. Eu, no banco do carona desci atrás dele, e o trio de garotas escandalosas que vinha conosco desceram do banco de trás, rindo e tropelando-se umas as outras como se estivessem bêbadas.
-Nelly, você está bem?
Dave perguntou.
-Sim, porque não estaria?
-Por nada.
Ele respondeu dando de ombros.

Os fogos começaram a ser lançados por toda a praia, explodindo em milhões de formas e cores. As três meninas escandalosas, se agarravam no garoto que gritara para Dave e explodiam em gritinhos a cada fogo no céu, como se não esperassem por aquilo. Eu e Dave ficamos sentados no tronco ao lado da fogueira, olhando para o céu distraidamente.
-Então, quem é ele?
Dave perguntou, não mais do que de repente.
-Ele quem?
Perguntei. Ele estava fazendo perguntas estranhas naquela noite.
-Ele por quem você pede. Sua mãe me falou que estava preocupada porque você pediu "Ele" ao Papai Noel, e eu achei isso no parque hoje.
Ele disse levantando a carta.
-Pode ser de qualquer um.
Eu disse, ficando vermelha. Nunca imaginei aquilo daquele jeito.
-É a sua letra.
Suspirei.
-Ele é incrivel.
Eu disse simplesmente. Ele fez que sim, a boca virando uma linha fina olhando longe no mar. Ele tinha ciúmes, conclui com um gosto bom na boca.
-É mais alto do que eu?
Perguntou.
-Nem um centímetro sequer.
Eu disse sorrindo.
-É mais bonito?
-Não, não mesmo...
-É mais forte.
-Não.
-Então porque o quer?
Os fogos começaram com um barulho ensurdecedor, iluminando o céu com suas luzes coloridas de diversas cores. Todas as meninas começaram a gritar, e os meninos riam das reações delas. Ah que se danasse! Puxei-o para perto e o beijei. Se não entendia todos, pelo menos entenderia aquilo. Todos riram de nós e nos molharam de champagne gritando.
-E ele?
Ele perguntou.
-No ano passado eu escrevi uma carta pedindo por ele. Esse ano, começamos a narmorar.

24 de dez. de 2011

Natal

A neve caia absoluta por todos os lados, fofa como só ela poderia ser. Linda como a vida, gelada como a morte. Todos estavam dentro de casa, com seus perus recheados, porcos ou peixes feitos no forno e outras iguarias que só existiam na noite de natal. Mas não haveria isso para mim. Dentro de cada uma daquelas casas, árvores esperavam pelos presentes do suposto Papai Noel, e meias penduradas acima da lareira esperavam presentes e não carvão. Mas daquilo tudo, nada era para mim.
No orfanato o dinheiro era pouco, mesmo naquela época em que todos estavam dispostos a doar. Mal dava para ligar o aquecimento a noite para que pudéssemos dormir e acordar com todos os dedos no lugar. Não sobrava dinheiro par a árvore, meias na lareira, e nem mesmo para os presentes. Só recebiam aqueles que estavam em processo de adoção, que recebiam dos futuros pais adotivos, ou dos parentes que pediam suas guardas, tias e tios que lotavam o refeitório em dia de visita. Mas nada havia para mim.
-Mike, a árvore não tem folhas desde o outono. Posso te ver ai em cima.
Eu disse, dando um impulso leve no balanço com meu pé coberto por um sapato de boneca. Minhas pernas estavam geladas por estarem vestidas apenas com uma meia calça preta, mas a saia de lã, o suéter e o cachecol esquentavam o resto do corpo, sem falar nas luvas e no gorro preto. Acima de mim, Mike pairava nos galhos agora brancos da árvore, balançando as pernas alternadamente.
-16 anos. Achei que estava velha demais para balanços.
-17 anos. Acho que está velho demais para ficar subindo em árvores.
-Toucheé. - Ele disse, pulando para um galho mais próximo na árvore nua de folhas. - Vim ver o que estava fazendo aqui fora. É quase meia noite. Vamos começar a ceia daqui a pouco.
Suspirei.
-Então daqui a pouco eu vou.
Disse olhando longe, pensando onde estariam os pais que nunca vieram me buscar.
-Ainda está brava comigo?
Ele perguntou.
-Amanhã é seu aniversário, junto com o de Nosso Senhor. Não posso ficar brava com você.
Ficamos em silêncio por algum tempo. No dia seguinte, dia de natal, depois que Papai Noel tivesse visitado todas as casas do mundo, mas esquecido dos orfanatos, talvez pela vigésima vez seguida, Mike faria 18 anos. Então teria que arrumar suas coisas, e arranjar um jeito de se virar. Ele já havia arranjado um emprego, que começaria depois dos feriados, mas ainda precisava de um lugar para morar. E ainda havia outra questão. Eu.
Havíamos crescido juntos. Passáramos por 16 natais, e em cada um deles, dávamos um jeito de trocar presentes. Uma pedra por uma concha daquela viagem a praia. Uma pipoca do não estourada do fundo da panela, por um remendo para a roupa. Mas agora, no nosso 17º natal, ele iria embora e provavelmente nunca mais iriamos nos ver.
Ele iria para Nova York tocar seu violão nas ruas, e eu iria para Harvard, tentar Advocacia ou Medicina. Nossos destinos não estavam destinados e se entrelaçar. Mas isso não me deixava brava. Me deixava deprimida.
-Quem diria. Acho que é o natal que mais nevou desde que estamos aqui não é, Linda?
-Acho que sim.
Respondi. Ficamos mais um tempo em silêncio. Ele pulou da árvore e parou o balanço.
-Eu te trouxe uma coisa.
Porque não ia embora logo? Se era para passarmos o natal longe um do outro, porque não ia de uma vez? Mas minha curiosidade me fez levantar do balanço.
-O que?
Eu não tinha nada para ele. Estivera tão chateada que não tinha revirado a casa atrás de alguma coisa que pudesse lhe dar.
-Olha para cima.
Quando olhei, um único tom de verde e vermelho chamou minha atenção na árvore desnuda de folhas. Um galhinho de visco estava amarrado no grosso galho onde o balanço estava amarrado.
-Você é um idiota sabia?
Perguntei, deixando um sorriso escapar.
-Posso ser um idiota, mas esse ano, eu sou seu presente de natal, Linda VonCliff.
Ele disse chegando perto e extinguindo a distância entre nós, brindando ao aniversário de Nosso Senhor com um beijo.

Feliz natal leitores e leitoras do meu Brasil varonil e do meu Blogzil maluquil... Um beijo! E até o ano novo! Ah e caso eu tenha leitores judeus, feliz Hannukah! (É assim que escreve não é? Perdão se estiver errado).
Skitter - A Maluca do Blog
Razz - A Voz da Razão

15 de dez. de 2011

À Batalha

-Senhor, estão todos posicionados, apenas esperando pela sua ordem. Sua rainha está ao seu lado, não se preocupe. Se houver algum problema realmente sério, seus fiéis conselheiros também estão prontos para o que der e vier, ninguém nunca sairá do seu lado, até o amargo fim. Os cavaleiros portando seus estandartes também irão ao seu lado senhor, ágeis como nenhum outro. Se a coisa chegar até eles, tenha certeza que darão conta dos recados. O que? As torres? Carregadas de arqueiros. Sim senhor. Prontas. Os guerreiros estão em posição. Não parecem importar muito, mas todos estão aqui, prontos para vencer ou morrer tentando pelo senhor.
-Olhe meu rei, parece que o exército inimigo está pronto. Devemos começar?


-Ah sim. Estamos prontos para começar. Não terei medo e jamais desistirei. O jogo só acaba, quando ou eu ou meu oponente estivermos mortos. AVANTE CAVALEIROS! LUTEM PELO SEU REINO!!!

Então gente, esse mês a Turma da Mônica Jovem fez uma edição ao estilo manual de xadrez, o que me desagradou um pouco, mas inspirou pacas. Então... Como perceberam, sim é um jogo de xadrez de que se trata o texto e não, isso não é jogo de velho. Já perdi horas - perdendo - com o meu pai. É ótimo para a mente, e uma mente sã...
-Não escreve bons textos.
Por isso eu sempre perco, querida Razz.
-Sim, é por isso. ¬¬

Skitter - A Maluca do Blog (Que perde no xadrez exclusivamente para que vocês recebam minha maluquice!)
Razz- A voz da Razão (Ela perde porque é ruim mesmo)

10 de dez. de 2011

Madrugada

Então, sabe aquelas noites que você não consegue dormir? Em que seus irmãos estão assistindo um filme de guerra na sala e você está deitada na cama, ouvindo os tiros, pensando na morte da bezerra? Quero dizer, não que haja morte de bezerras em filmes de guerra... Vocês me entenderam... Bem, cá estou eu, extamente 23 horas da noite de um sábado, acordada, de pijama, banho tomado, dentes escovados, porém em uma cama que não é minha e que fica ao lado de um computador. Claro que tentei fechar os olhos e pedir a mim mesma que não olhasse para o computador, mas meu instinto de blogueira falou mais alto.
O computador ligado no mesmo quarto que você é como uma torneira pingando em algum lugar da casa. Aquele ping ping faz você se questionar de onde ele vem, se há defeito na torneira, de onde veio a primeira torneira, será que os aliens tem torneiras? Torneiras poderiam dominar o mundo e se podem, qual o sentido de vivermos aqui nesse mundo azul cheio de águas que descem por canos até as torneiras que pingam durante a noite? Mas com um computador, a coisa é um pouco melhor e vai menos longe, porque quando criamos a coragem de sentar a frente do monitor que ilumina nossos rostos com sua luz azul, o sábio Google está lá para nos orientar e atender às questões como porque as bruxas são ligadas ao mal, e porque o quarto livro de Eragon existe quando Christopher Paolini prometeu que seriam 3 e porque demora TANTO para ser traduzido.
Em resumo, não há nada que seduza mais na face da terra do que o zum ininterrupto e baixinho de um computador que não está sendo utilizado. Pelo menos não para uma escritora. A não ser é claro que meu lado adolescente fale mais alto, e a cama grite por mim, mais alto que o sussuro do monitor.

Ping Zum Ping Zum Ping Zum...

Skitter - A Maluca do Blog

21 de nov. de 2011

Nem tudo é o que parece ser...

Seus olhos se enganavam? O velho e rabugento homem, seu vizinho, andava de mãos dadas na calçada ao lado de uma linda jovem? Desde que se mudara, nunca o vira sequer olhar para nenhuma mulher da vizinhança, nem tampouco mulher nenhuma. Iluminada pela luz do sol transpassada pelas laranjas folhas outonais, o cabelos castanho caía sobre os ombros e os olhos luziam e enrugavam nos cantos quando ela ria das piadas do velho, que o jovem que espiava pela janela não podia ouvir.
Decidido a tirar a limpo essa história estranha, desceu as escadas e saiu da casa, enquanto a moça se despedia do velho na varanda da sua casa. A jovem de olhos cor-de-mel foi gentil quando abordada pelo curioso rapaz. Com um sorriso que parecia ter sua própria luminescência e com muita calma, ela explicou a ele que era filha do senhor, e que morava longe e quase nunca podia vir visitá-lo. Agora estava se mudando para a cidade e planejava ver o pai mais vezes. "Se este é o caso então, disse o jovem, aceita tomar um café comigo?".
Nos bancos engordurados do melhor café da minúscula cidade, conversaram por algumas horas, e não demorou para voltarem a se ver. Tanto se viram que o jovem passou a amar a moça, e ela retribuía o sentimento, sem dúvida nenhuma. E logo o casório estava montado, dois anos após se conhecerem. Aos olhos do rapaz, esperando no altar, vestida de branco, sua noiva parecia a mais linda de todas. Como costume ela entrou ao lado do pai, que com um flor vermelha na lapela, trazia mais lágrimas nos olhos do que a própria filha. "Não choro pai, ela disse quando ele a questionou antes de entrar na igreja, porque tenho certeza de que eu o amo".
A cerimônia foi simples, mas feliz, e a festa a dois, sem balada, álcool e nem nada. Logo a primeira filha do casal começou a crescer dentro do ventre da esposa. Foi uma correria só, todos se esforçando para fazer da gravidez a mais tranquila possível. Mas antes que a pequena Sophia completasse um ano a seus passinhos lentos com os pés gorduchos de bebê, o pai da moça, que agora era mãe, faleceu de causas naturais. No enterro toda a família chorava, e apesar de o rapaz que agora era pai, com a pequena Sophia a balbuciar no colo estar pronta para apoiar a esposa, ela era a única que não chorava.
Na verdade, estampava um sorriso pacífico enquanto encarava o rosto do pai pela última vez antes que seu corpo desaparecesse debaixo da terra, como se os dois compartilhassem um segredo que só os dois sabiam. O marido, depois de chegarem em casa e colocarem a pequena Sophia na casa, perguntou a ela porque ela não chorava. Calmamente como no dia que se conheceram, ela respondeu com a voz macia.
"Minha mãe morreu quando eu era pequena e eu virei a prioridade do meu pai. Mas ele deixou bem claro que quando eu não precisasse mais dele, ele iria embora, mas só então. E é por isso que não choro, porque tenho certeza de que ele tinha certeza, de que eu não precisava dele."
"Mas mães e pais deveriam ser eternos. Precisamos deles sempre."
"Na opinião dele, eu agora tenho você."

Surpreendentemente essa linda história/redação não foi de LP (Língua Portuguesa), foi de Artes! Exatamente, devíamos fazer um óculos malucos, e enfeitar com o que a gente gostava. Enquanto todos os com dons irritantes de desenho faziam Ipods, notas musicais, e sóis, eu escrevi toda essa história, e agora posso usá-la no rosto. =D

Skitter - A Maluca do Blog

11 de nov. de 2011

Conto: Faça um pedido...


            Superstições surgem e elas mudam ao redor dos anos. Os seres humanos são criaturas padrões, ou seja, buscam padronizar as coisas, juntá-las de um jeito que faça sentido, agrupá-las para poder entendê-las melhor. Por isso que quando acontecia algo ruim com eles, agregavam à primeira coisa que podia culpar, um gato preto por exemplo. Ou quem sabe o sal que derrubaram mais cedo. Eles gostam de culpar o mais simples e banal, dizendo que o azar é culpa dessas coisas. Mas a sorte, segundo algumas pessoas também funciona assim. Como achar um trevo de quatro folhar, ou uma joaninha amarela sentar no seu ombro já é motivo para que as pessoas pensem que irão ganhar na loteria. Para mim, a sorte não existe. Bom, não existia, até hoje.
            Eu cheguei na sala antes de todos, como sempre. Eu vinha antes, para evitar os olhares das pessoas, eu os odiava. Todos me olhando traziam de volta traumas que eu não gostava de relembrar. Abri minha mochila e arrumei minhas coisas em cima da mesa meticulosamente como eu sempre fazia como meu TOC obrigava. O caderno, o bloco de notas e o estojo. Troquei os lápis de lugar as 47 vezes necessárias para que eles parecessem certos. Limpei e desinfetei minha mesa e coloquei tudo no lugar novamente. Então limpei a cadeira, e as pernas da mesa como o normal, esfregando 150 vezes o pé com os lenços umedecidos e jogando-os no lado esquerdo do lixo. Voltei ao meu lugar e me sentei esperando que todos chegassem. O dia 11/11/2011 começou como a maioria dos outros, nada diferente, como eu gostava.
            Uma a uma as pessoas chegaram, ouvindo música em seus headphones, ou estudando uma matéria deixada para trás, irritantemente sujos e infectados com doenças, vivendo suas vidinhas normais sem distúrbios de comportamento. E então entrou Ele. Ele que era suficientemente sujo para me levar a loucura, mas era uma mistura tão perfeita de beleza e inteligência que me fazia esquecer-me da sua falta de higiene por alguns segundos. Ele sentou-se ao meu lado e sorriu.
            -Oi Vida. Está pronta para hoje?
            -O que há hoje, Steve?
            -Como assim? Onze de novembro! Faça um pedido! Todos estão ansiosos lá em casa.
            Fiz que sim, fingindo um sorriso forçado, com o nariz levemente torcido com o cheiro peculiar que vinha dos seus sapatos. Ele pisara em fezes de cachorro. Que repugnante! Fechei os olhos tentando bloquear o cheiro. Esqueça, Vida, esqueça! O poço ficou para trás!
            -Desculpe... Eu não... Tem algo no seu tênis...
            Eu disse apontando, ainda de olhos fechados.
            -Ah sim. Perdão.
            O cheiro desapareceu por um tempo, indo com ele para algum lugar. Logo, ele voltou a se sentar no seu lugar, o cheiro estava mais leve, quase suportável agora e pude abrir os olhos para continuar a conversa como uma pessoa civilizada faria apesar de não ter a menor vontade disso.
            -Então, o que vai pedir?
            Ele perguntou abrindo a mochila enquanto o professor acendia as luzes e entrava na sala, dizendo seu bom dia como um ditador gritando as regras de seu país. Com as luvas plásticas eu abri em uma página do caderno limpa, virando uma página de cada vez como o TOC mandava.
            -Não acredito nessas coisas. Sorte, desejos para estralas, horas iguais. Nada disso faz sentido para mim.
            -Hum – Ele disse, provavelmente divagando enquanto abria seu caderno cujas páginas já foram rudemente arrancadas das espirais para fazer aviõezinhos de papel e cujas bordas estavam gastas – Isso é triste Vida. Isso é muito triste.
            Fiquei quieta, e logo a aula começou e nossa conversa não pode continuar.
           
            Durante a aula de matemática, todos os 38 celulares do resto da turma tocaram em uníssono quando deu 11:11. O professor nos deu cinco minutos para fazer nossos desejos. Todos desligaram seus diversos toques, com um toque na tela ou no botão direito, todos cobertos de suor e de sebo das mãos nojentas deles. Todas as garotas se juntaram em um canto, dando as mãos e fazendo seus pedidos. Os garotos gritavam desejos provocativos uns para os outros, e eu estava no meio dessa confusão.
            -Vida...
            Steve me chamou ao meu lado. Quando virei-me, já era tarde demais, não pude impedir. Seus lábios já estavam nos meus, me invadindo... Completando-me. Por poucos segundos, o mundo não existia, o poço em que meu primo implicante me empurrara que estivera abandonado há 30 anos, cheio de musgo e animais mortos, com aquele cheiro horrível que penetrou no meu corpo e mente me deixando doente nunca tinha acontecido. Era só ele, eu e nada de germes, de luvas plásticas, e lenços umedecidos, de desinfetantes, ou álcool em gel.
            -Ugh... Germes...
            Eu disse baixinho, separando nossos lábios por alguns segundos.
            -Vida?
            -Sim?
            -Cala a boca.
            Sorri enquanto ele se afastava e subia na mesa e gritava para a sala toda: “Vida Corners é o meu desejo!”. E naquele momento, não me importei com seus tênis sujos de fezes em cima do meu caderno limpo. 

31 de out. de 2011

Feliz Halloween!

Feliz Halloween leitores! É dia de comemorar, decorar a casa, preparar a fantasia e quando o dia cair, revirar a vizinhança a fim de arrancar doces de todos os adultos e se eles não tiverem oferecer umas travessuras... Para nossos amigos americanos, é claro. Para nós brasileiros, restou os filmes de terror e as tentativas dos canais adolescentes de filmes de terror. Para mim, não sobrou nada porque terror não é comigo. Mas de qualquer modo, aqui vão algumas coisas que vieram da minha brilhante mente.


É Meia-noite, e o relógio bate na torre. Doze badaladas e tudo acaba, e o silêncio volta a reinar na noite escura. Botas levantam a poeira por onde passam e a poeira gruda na capa que se esvoaça atrás do homem, que é a única vivalma que caminha pelas ruas da cidade, todos estão trancados dentro de casa, com medo, esperando que aquela noite passe logo. Era ali, passaram-se alguns anos mas ele ainda podia se lembrar, quando as folhas ainda estavam nas árvores, as abóboras não passavam de brotinhos e as maçãs não mostravam-se em sua fartura vermelha nas árvores. Fora ali que a vira da última vez e onde tinha que retornar se quisesse vê-la de novo.
Ele andou até a torre do relógio. Não tinha tempo, a lua tinha que estar no ápice, a bruxa dissera, caso quiser que dê certo. Sabia que não encontraria ninguém na torre do relógio também, desde que ela se fora, as pessoas evitavam a torre a qualquer custo, como se ela pudesse algum dia machucar alguém. Ele ajoelhou-se no chão e acendeu as velas que acenderam na chama verde característica das bruxas, e sua sombra bruxuleou na parede. O que estavas fazendo? Devia mesmo envolver-se com aquilo? Ela se fora, se fora, e para sempre! Ele estava apenas se enganando chamando-a novamente. Porém era Halloween, era a noite perfeita, a única em que tudo poderia acontecer. Ele não passava de um amante desesperado enquanto colocava seu retrato e chamava seu nome baixinho.
Logo, sua sombra não era a única a danças nas paredes, e ele soube que ela estava ali. Estava exatamente do jeito que havia visto da última vez antes de morrer. Flores trançadas em uma tiara no cabelo ruivo, e o vestido branco que depois da morte esvoaçava-se ao seu redor enquanto ela flutuava até o chão. Nunca esqueceria o dia da sua morte, quando levantara uma manhã para encontrá-la onde sempre se encontravam, na torre do sino no último andar porém quando atravessou a porta da torre encontrou-a no chão, caída, pálida como uma boneca de cera. O coração deu um pulo ao vê-la novamente, sorrindo com os lábios carnudos e olhos castanhos, sentira falta daquele sorriso, como sentia falta da respiração naquele momento.
-Você... Deu certo.
-É claro que deu Darren. Você me chamou, eu vim.- Ela disse com simplicidade sentando-se sobre os joelhos. - Mas o que está fazendo? Chamando espíritos? Te queimarão na fogueira se for pego.
-Não me importo, não importa! Eu só precisava... Ver você de novo... Saber que estava bem. Você está?
O olhar dela se tornou triste e pesaroso e ela brincou com as chamas nos dedos. Darren quase abriu a boca para pedir que ela tomasse cuidado para não se queimar mas então se lembrou que ela não podia mais sentir. Não havia pele revestindo sua alma que pudesse ser queimada. Aquelas limitações não pertenciam mais ao mundo dela.
-Não Darren eu não estou bem. Eu me fui cedo demais. Um simples escorregão numa viga e tudo acabou. E é tão frio desse lado. E frio é a única coisa que podemos sentir.
Ela levantou a mão e ele a tocou. Mas apenas sentiu o ar da noite que vinha da porta que deixara aberta. O calor que existira nas mãos que cansara de segurar e beijar não existiam mais, ele não podia senti-la. Era como se ela fosse apenas um sonho bom, que nunca tivesse existido de verdade.
-Viu? Não sinto nada.
-E as outras almas? São boas para você?
-Não sinto vontade de estar com as outras almas - Ela disse com um suspiro. - A maioria é triste demais. E não quero ficar mais triste do que já estou. Sinto sua falta.
Ele não queria que ela sentisse falta dele, queria estar com ela para sempre. Queria poder tocar sua mão e sentir. Queria poder ficar com ela de dia e de noite e nunca, jamais perdê-la como a perdeu naquele dia, naquela mesma sala. Desistiria de tudo e todos se fosse para ver os olhos dela todos os dias e brindar com um beijo ao seu sorriso. Tinha um jeito, mas... Ele estaria pronto para isso?
-E elas... Você pode senti-las?
Ela fez que sim, enrolando um cacho do cabelo ruivo no indicador, imaginando o que ele estava planejando. Ele levantou-se e pôs-se a subir as escadas, um degrau de cada vez. Ela também se levantou e o seguiu, finalmente entendendo o que ele pretendia fazer. Não podia deixar que o mesmo acontecesse com ele não podia! Tudo tinha acontecido com ela tão rápido! Ela nem tivera a chance de escolher, e se tivesse não escolheria aquilo. Ele não podia, não podia. Mas quando disse isso a ele, enquanto ele sentava-se na viga e respirava fundo ele só balançou a cabeça e disse:
-Não sei como não pensei nisso antes.

No dia seguinte, todos acordaram sentindo um cheiro de morte. Encontraram o corpo do rapaz na mesma posição em que encontraram o da moça no ano anterior, porém haviam velas abaixo dele. Ele havia deixado a vila assim que a moça havia morrido, e ninguém entendera porque esperara um ano para voltar e se matar. Porém, nos portões do céu, a doce moça esperava o seu querido amado, aceitando a escolha dele. Para eles, nada fazia maior sentido. Agora, ficariam juntos para sempre.




23 de out. de 2011

Minha vida

Minha vida. Você quer mesmo saber? Bom, para começar meu nome tem quatro partes. Um nome, um segundo nome, e dois sobrenomes. E o que tem? Tente encontrar um jeito bom de abreviar! De qualquer modo, depois da bagunça que é o meu nome, vem o meu quarto que só fica arrumado tempo o bastante para que eu desarrume de novo. Depois vem a minha vida a amorosa, que só não é reduzida ao nada, por causa de pessoas que eu não gosto e que infelizmente existem e pessoas que eu amo e que infelizmente não existem. Para falar a verdade, se tivesse que resumir a minha vida em uma palavra seria bagunça.
Para a minha mãe, eu sou seu bebê eternamente, já para o meu pai, que se casou de novo, e de novo, e teve filhas, de novo e de novo, eu já tenho capacidade para me virar, pelo menos um pouco. Em relação aos meus amigos, eu nunca sei se estou fazendo a coisa certa e nunca sei se eles gostam de mim o tanto que eu gosto deles. Preciso conversar muito para gostar de uma pessoas mas basta uma palavra para odiá-la. Quando me perguntam que tipo de música eu digo "-Tudo." mas na verdade é que eu não sei é de nada. Eu tenho boas notas, mas não me considero inteligente.
Esta é minha vida. Doce bagunça. Eu não trocaria por nada.


Hoje assisti a uma série, onde a menina escrevia uma redação sobre a vida no primeiro episódio, então decidi que vocês poderiam querer saber um pouco sobre a minha vida. Essa era a redação que eu escreveria se eu estudasse naquela escola. E aí? O que acham?

Skitter - A Maluca do Blog

16 de out. de 2011

Dicas para sobreviver a um domingo

Uma das coisas mais importantes que aprendemos em "Friday" da Srta. Óbvia Rebecca Black é que antes da Sexta vêm quinta, então sexta, como eu disse antes, depois vem o sábado e o domingo vem seguido deste. Vamos combinar, acho que um dos assuntos mais polemicos e banais do mundo é sobre a utilidade ou inutilidade do Domingo. Para a maioria das pessoas incluindo o Pc Siqueira o domingo é um a droga. Para outros é um dia de renovar a fé, ir para a igreja e tomar um sorvete depois.
Sem falar no tédio. Sejamos sinceros, você acordaria cedo para fazer alguma coisa em um domingo? As lojas só abrem as duas, e até Deus parou para descansar no domingo. E quando chove então? O mundo fica parecendo um brejo, e você fica desejando que a sua inimiga saia de casa só para dizer: A vaca foi para o brejo. Hahahaha, essa foi terrível.
Mas de qualquer modo, esse modorrento e sonolento dia pode ser melhor se você arranjar o que fazer, e aqui vão algumas dicas, que podem transformar o seu domingo em um dia legal:

Dica Nº1: Está calor onde você mora? Não tem problema! Abra a porta do seu guarda roupa de madeira escura cheio de casacos de pele e passe o dia em Nárnia, com certeza, Aslan vai estar te esperando para tornar o seu Domingo maravilhoso!
Obs: -O blog não será responsabilizado pelo cumprimento de antigas profecias, batalhas, ferimentos causados por animais, ou pelo fato de 4 crianças acabarem com o inverno eterno. 
-Oferta não válida caso você não tenha um guarda-roupa de madeira escura cheio de casacos de pele.

Dica Nº 2: Não aprecia o clima rústico de Nárnia? Não tem problema! Sempre haverá um lugar para você no Acampamento Meio-Sangue! Divirta-se com a Caça à Bandeira, a Parede de Escalada, brincando com monstros, conversando com as ninfas ou simplesmente voando nos pégasos! Tenho certeza que isso será capaz de acabar com o tédio do seu domingo!
Obs: -Oferta não válida para mortais.
-O blog não será responsabilizado por quaisquer lesão causada entre as atividades e nem pelas mortes ocasionais que podem acontecer. 
-Esta mensagem é aprovada por Zeus


Dica Nº 3: Quer tornar o seu domingo útil e aprender alguma coisa? Não tem problema! Então embarque agora na plataforma 9 3/4 porque o trem saí às 11 horas em ponto! Aproveite a bela vista até chegar o castelo de Hogwarts, onde as aulas são educativas e ministradas por lendários professores. Torne-se um bruxo formidável em 7 anos! Com certeza você nunca mais passará um domingo sequer sem fazer nada, afinal, a tarefa de transfiguração da Profª McGonagall não vai se fazer sozinha!
Obs: -Oferta válida para quem recebeu sua carta.
-Oferta válida apenas até o início do ano letivo.
-Oferta não válida para trouxas.
-Minerva McGonagall aprova essa mensagem e pede a todos os alunos de transfiguração que lerem isso para irem fazer seus deveres sob a penalidade de menos 5 pontos para a casa que pertence.


Dica Nº 4: Seu domingo já está acabando? As estrelas já estão no céu e você não fez nada do que queria? Não tem problema! É só ter fé, confiança, e ser polvilhado por pozinho mágico, e logo você estará voando em direção à primeira estrela para a terra do nunca, onde o tempo nunca passa, e você nunca envelhece! Divirta-se brincando com as sereias amigáveis e os índios engraçadinhos, faça amizade com os meninos perdidos e dê uma surra inesquecível no capitão gancho!
Obs: -Oferta válida caso você for abordado por Peter Pan na sua janela.
-O blog  não se responsabiliza por afogamentos causados pelas sereias, flechas ou lanças atiradas pelos indios ou gargantas cortados pelo gancho do capitão em questão. Também não será responsabilizado por eventuais percas de fé que resultarão em trágicas quedas.
- Oferta válida se a Fada Sininho não for pão dura para te polvilhar um pouco de pozinho mágico.


Dica Nº 5: Ficou animado com todas as alternativas acima mas as observações te deixaram para baixo? Não tem problema! Para mortais como nós, deixei o melhor reservado! É só baixar um pouquinho a tela e dar uma olhada no melhor que esta blogueira que vos fala tem para oferecer! Escolher entre textos, redações escolares e uma lista de livros que pode agradar você assim como me agradou! 

Skitter - A Maluca do Blog (Especialista em Marketing sobrenatural)
Razz - A Voz da Razão (Que faz questão de não comentar essa postagem)

1 de out. de 2011

A Feiticeira, O Robô e a Chapeuzinho Vermelho

Esse é outro texto que eu escrevi para a Olimpieda da NRA. Nesse desafio, eu tinha que escrever um conto com personagens incomuns, então eu escolhi os três acima. Aproveitem.


                Ao lado de uma grande cidade, havia um bosque de onde muitas pessoas andavam desaparecendo. Todos os agentes mandados para o caso, desapareciam, como os casais românticos, e as famílias em piquenique.
                Foi montado então, um robô, para descobrir e transmitir para as autoridades o que acontecia dentro daquele bosque.
                Então lá se foi o robô, andando de lá para cá entre as árvores. De repente, o sinal de câmera dele sumiu e os cientistas responsáveis por ele apenas abaixaram a cabeça, diante do fracasso.

                O robô estava em uma cabana feita de madeira. Móveis toscos e cheios de objetos estranhos e nocivos espalhavam-se por todo o lado. O robô rodou sua câmera de 44 megapixels pela sala e se focou na mulher sentada na cadeira de mogno que se assemelhava a um trono.
                Ela tinha cabelos castanhos trançados em flores e seus olhos puxados pareciam continuados pelas pontudas orelhas. O robô notou que estava caído no chão e levantou-se assumindo sua forma humanóide.
                -O que em nome de toda a bruxaria é você?
                A máquina computou as palavras e tentou mandá-las a base de comando mas não conseguiu então apenas armazenou e decodificou.
                -Bruxaria. Irrelevante.
                A feiticeira riu e levantou-se rebolando até o robô.
                -Humanos... É o que todos dizem. Você é humano não é?
                -Humana tola. Maquina 327098 robótica.
                -Acaba de me chamar de humana?
                Pergunta a mulher enfurecida, e lança-lhe um raio de luz, cuidadosamente computado pelo robô e devolvido com outro raio.

                Do lado de fora da casa, uma garotinha de capa vermelha passava pelo bosque saltitando, carregando uma cesta de doces para sua avó, que morava na cidade do outro lado do bosque.
                -Eu vou passear no bosque, enquanto a Ninfa má não vem... Eu vou passear no bosque enquanto a bruxa não vem...
                A menina vê os raios de luz de várias cores saírem pelas janelas sem vidro da casa, que a menina nem se importava de desviar. Ela tirou seu Iphone 4 de dentro da cesta e tirou um foto.
                Saltitou tranquilamente até a casa da avó, onde conectou-se a internet e enviou a foto para o jornal local.

E então? Maluquice? Ah sim, é coisa de maluca. Mas como diz Alice no seu País das Maravilhas, as melhores pessoas são assim. =D

Skitter - A Maluca do Blog
Razz - A Voz da Razão 

20 de set. de 2011

A Guerra

(Mary-Anne e Joe estão um de frente para o outro em dois focos em lados opostos do palco.)
Joe- Essa provavelmente será a pior conversa que terei que ter.
Mary-Anne – (Fala com ódio) A escolha foi toda sua! Você irá para a guerra onde nada mais importará a não ser o sangue que voará para todos os lados, e é por isso que eu te odeio!
Joe – Não diga isso Mary! Eu voltarei. (Ele diz dando um passo a frente. O foco o segue.)
Mary-Anne (Grita) – Jamais será a mesma coisa! Suas mãos estarão manchadas de sangue e você tocar-me-á com elas!
Joe – O que quer que eu faça?
Mary-Anne – Não vá! Fique!
(Joe dá duas voltas em torno do foco como se estivesse louco. Uma badalada de relógio toca. Ele para. Sai do foco, e volta ao foco com uma mala, um casaco dobrado e pendurado nos braços, e um chapéu coco.)
Joe – É tarde demais, querida Mary.
(Ele sai de cena).
Mary-Anne (Indo até o meio do palco onde novamente entra em foco) – Espere Joe!
(Joe volta ao palco, em seu antigo foco, mexendo-se de ansiedade por conta do atraso).
Joe – Seja breve.
Mary-Anne – Antes de você ir deve saber de uma coisa.
(Ela sai de seu foco e invade o dele, onde eles ficam cara a cara. Ela pega seu casaco e sua mala e os põe de lado.)
Mary-Anne – Fiz de tudo para você não ir e foi inútil. Mas a pior coisa que poderia fazer é deixá-lo ir pensando que eu o odeio, e deixá-lo ir sem dizer: Que quando voltar tudo ficará bem e que (Ela pega seu rosto entre as mãos) Eu amo você.

A Guerra é um texto teatral que eu tinha que escrever para um olimpíada de escrita em uma comunidade do orkut chamada Nossos Romances Adolescentes. Tinha que ser um texto teatral que começa-se com Eu te odeio e terminasse em Eu te amo, o que me custou um dia inteiro de quebrar a cuca.

Skitter - A Maluca do Blog (Que recomenda a NRA e o blog da dona da NRA, Caindo de Boca)

8 de set. de 2011

O Amor

Ele. O único. O cara. Em inglês, The One. Aquele que sempre estará com você, que olhará seu olhos, não a sua bunda, que verá os livros na sua estante, e não o RedTube no seu computador. Não o príncipe encantado, mas quem te tratará como a princesa do reino.
Quando chover, ele trará flores e vocês assistirão TV no sofá, comendo pipoca, e rindo. Quando fizer sol, ele vai te levar para um parque para passear, ou a uma campo de futebol, porque afinal, nem todo garoto é perfeito.  Quando estiver frio, ele vai até a sua casa te abraçar para te esquentar. Quando estiver calor vocês vão dividir um sorvete enquanto conversam sobre os fatos da vida; Ele não irá gostar de te acompanhar nas suas compras intermináveis e não partilhará com você o gosto por apenas olhar vitrines, mas ele o fará por você. Você tampouco gostará de acompanhá-lo em seus jogos de futebol, sair com seus amigos idiotas, ou jantar na casa dele sob o olhar atento da sogra, mas você o fará.
O amor é algo lindo, muda as pessoas, e o primeiro amor a gente nunca esquece. Vive e desvive, sorri e chora, cai e levanta, grita em frustração e canta de emoção, passa por altos e baixos, mas nunca esquece. Sempre lembra com carinho, daquele primeiro beijo, a primeira saída, o primeiro coração partido enquanto balança na cadeira de balanço na varanda, ouvindo seus netos brincando logo ao lado, no jardim. Afinal, não é para isso que vivemos? Para podermos lembrar, quando não pudermos mais viver? Para mesmo quando as coisas estiverem ruins a gente lembrar de tempos bons, levantar a cabeça e agradecer a Deus a cada novo dia?
Pois bem, o amor é o que é. E o primeiro, é o que há.

Skitter - A Maluca do Blog

23 de ago. de 2011

Infância...

Como eram boas as brincadeiras, não eram? Onde animais falavam, inclusive os de pelúcia, quando os dias duravam simples minutos, as noites, alguns segundos deitados no escuro. Quando podíamos ter quantos filhos quiséssemos  tirando e colocando almofadas na barriga. Quando alguns dias demoravam milhares de éon entre passeis na selva, sequestros, dramas familiares, cavalgadas ao por do sol e outros não duravam nem alguns segundos, quando pulávamos-os a nosso bel-prazer. Lembram dos bailes, os mais estranhos possíveis, alguns com princesas estranhas, diferentes e desajeitadas, e príncipes de extrema beleza? Ou os que dançávamos com animais de pelúcia, imaginando nossos pares dançando, porque afinal, animais pensavam como nós, não importava o que os adultos diziam!
Lembram de quando éramos soldados, espiões internacionais, super-heróis, reis , rainhas, empresários, estilistas, cantores atros do rock, fadas, duendes, magos, barbies e pollys, caçadores e caças, sempre destemidos, sempre fortes, e mesmo que a coisa se complicasse para dar mais emoção, ao fim do dia, antes de dizer tchau, tudo dava certo, porque a única regra definitiva que as brincadeiras acatavam era que o Era Uma Vez e o Felizes para Sempre sempre existirão.

Skitter - A Maluca do Blog ( Inspirado nas suas próprias brincadeiras e nas de JG e IF)

10 de ago. de 2011

Indignações de estudante #2

Eu estou irritada. Estou muito irritada. Grama. Sabe o que é grama? Grama verde e fresquinha com cheiro de natureza? Pois é, na minha escola tínhamos um campo cheio dela, verdinha e crescendo. Todo mundo adorava passear por ali, brincar de pega pega, correr, jogar vôlei, alerta, e bets. Minha escola é dividida por dois clãs dominantes de... Kero-keros. Exatamente, aqueles passarinhos de pernas longas, uma pena na cabeça e que corre atrás de você violentamente se você chega à 50 KM do ninho dele.
O clã da campina como eu chamava colocava ovos naquele pedaço de grama, e todo verão tínhamos filhotinhos caminhando por ali. Toda a criança da minha escola já teve esperança de conseguir acariciar um filhote de Kero-kero, e descobrir que isso é impossível sem ser assassinado pelos pais dos filhotes é um rito de passagem. Eu cresci assim, e crianças antes de mim cresceram aqui. Mas um praga se alastrou pela escola, tão rápido como as folhas caem de um dia para o outro no outono. O chamado PROGRESSO.
Cobriram nossa grama verdinha e fresquinha com cimento, fazendo mais duas quadras sendo que já tínhamos 7. Tiraram a chance dos novos filhotinhos de Kero-kero nascerem no lugar que sempre nasceram, de as crianças brincarem e crescerem onde sempre brincaram e cresceram. Mas não importa. ELES NÃO SE IMPORTAM. E afinal o que eu posso fazer?

Skitter - A maluca do blog (Que passa a aula de Educação Física de cara feia)

4 de jul. de 2011

Férias... De novo!

Já é meu terceiro post de férias no blog, o que quer dizer que já faz três férias que eu sou uma blogueira! #Orgulhinho

Bem Vinda, meu amor! Sente onde quiser e fique por aí! Vai rolar um recesso? Não importa! O importante é que você está aqui agora para fazer a nação feliz! Nada melhor do que ficar sentada de papo para o ar durante um mês inteiro, escondida debaixo das cobertas, cuidando apenas de ler. Mal começaram as férias, e já estou terminando o terceiro livro. Claro, que não fiz mais nada da vida desde que "The Time of My Life" tocou no sinal da minha escola dizendo que estávamos livres.
Até agora, eu não me sinto de férias... Me sinto apenas em um feriado que pode acabar a cada segundo. Chega a ser meio assustador... Mas tudo bem... Não tenho escrito nada de bom para postar nos últimos tempos, desde a casa, eu estou sem a menos criatividade, entregue aos livros. Eu sou um ser humano cheio de fases, as vezes escrevo movida a vapor, alimentada pelas minas de carvão quase infinitas da Rússia, e quase não leio nada, mas em outras, a situação se inverte, o que resulta no blog sem comentários, o pior pesadelo de todo o blogueiro.
Nessa última fase, eu me obriguei a escrever, para não perder o hábito, e continuei a reescrever e reeditar meu livro para continuar mandando para as editoras, mas de repente percebi que não sou tão boa quanto achei que era. Minha história era boa, mas não era envolvente, grande, uma saga digna de J.K. Rowling. Era conto infantil no máximo. Quero que minha primeira obra, seja um estouro, então estou procurando ideias e inspiração nos livros que estou lendo.
Os últimos foram A Lenda dos Guardiões (Que me inspiraram a escrever um pequeno projeto - que não passa de um feto de história - chamado Pégaso.) Escondendo Edith, que é um livro sobre o Holocausto, um assunto me deixa com muita raiva e muita pena. E claro, O Herói Perdido que eu estava esperando faz tempo, do meu querido tio Rick (Rick Riordan). Depois vou ler A Pirâmide Vermelha e Crescendo. Espero que me dê mais inspiração.

Beijos e Queijos
Skitter - A Maluca do Blog

5 de jun. de 2011

A casa

Nós moramos em uma casa grande, entre Todo Lugar e Lugar Nenhum. É uma construção grande e forte que cresce, a medida que nós crescemos.
Na verdade, nada acontece lá realmente. Ficamos apenas passeando pela casa e pelos jardins, à espera do dia em que poderemos sair. Nós podemos sair quando os escritórios das casas deixam, e lá vamos nós, às vezes em grupos, e outras sozinhos.
Quando nossos amigos voltam, eles nos contam suas histórias, tudo o que fizeram do lado de fora. Isso nos deixa animados e inspira a casa a criar mais de nós.
Não sabemos como funciona exatamente... Às vezes os bebês apareciam da nada, algumas delas sumiam tão rápido quanto tinham aparecido, e outras eram adotados e cresciam vagarosamente, ou rápido como um raio. Outras vezes, um garoto e uma garota, prometidos um ao outro, sumiam por algumas horas, e a garota voltava grávida, e não dava a luz até sair da casa. Outras vezes pessoas novas de qualquer idade apareciam do nada, em algum quarto ao lado e em outras vezes, não raras, essas pessoas nova já apareciam grávidas, e passavam logo a fazer parte da nossa rotina de espera.
A casa em si é uma construção estranha, quase tão estranha quanto o jeito que funciona. Começa nos dormitórios masculinos. Eles são formados de duas partes, a direita e a esquerda, que são quase iguais. Começam com a torre, de quatro andares, e no quarto, os quartos tem janelas grandes, e um formato diferente. Depois há o resto, os imensos corredores, nos dois andares até chegar à parte central da casa.
A parte central é onde passamos a maior parte da nossa espera, lá há tudo o que possamos imaginar e sempre que precisamos de algo acabamos encontrando. São três andares de banheiros, cozinhas copas, salas, saguões, salas de jogos, salões de baile, salas de aulas, jardins de inverno, piscinas internas, quadras de esportes, entre outros milhões de lugares onde podemos ficar de papo para o ar, ou nos ocupar enquanto esperamos a nossa vez de sair.
Andes do misterioso corredor que lava aos misteriosos escritórios, há os dormitórios femininos que são muito parecidos com os masculinos, mas não tem as torres, ao invés disso, são cinco corredores adicionais que apontam para cinco direções diferentes e cinco dos quartos têm tetos solares.
Não se sabe muito sobre os escritórios, só sabemos que é lá que a casa decide quem vai, quem fica, quem nasce e quem morrer. As pessoas que vão sair sempre têm que passar por lá, mas nunca nos contam como é.
Nós chamamos aquele lugar misterioso de Cabeça. Os dormitórios femininos, Braços. Os masculinos, Pernas. A parte central, Tronco. E nós, somos chamados Personagens.
Nos jardins, em frente ao portão há uma placa que diz:
"Seja muito bem vindo à nossa casa. Perdão se você esperar demais para sair, mas a vida de um escritor às vezes tranca algumas histórias inexplicavelmente. Espero que você aproveite o seu tempo de descanso.
Atenciosamente
Dono desse corpo"

Skitter - A maluca do  blog (Para visualizar esse corpo, deite-se, feche os olhos, e deixe a mente bem aberta =D)

3 de jun. de 2011

Não quero crescer!

Mais do que ser invadida, eu odeio invadir. Sempre odiei. Interromper, invadir, chegar atrasada, estar no lugar errada, dizer algo quando não fui solicitada, são coisas que me deixam nervosa sempre.
Estamos estudando na escola a guerra fria, que eu acho igual a todas as guerras. Invasões idiotas por desejo de espaço. Para que mais espaço?
Não estão satisfeitos com o que a natureza deu a eles? E vale a pena destruir a vida de milhões para imprimir papéis?! Isso é certo? Aposto se você perguntar a um político ele vai dizer que você é jovem e tem muito a aprender, que quando eu crescer, tudo fará sentido
Por isso eu não quero crescer.
Quero permanecer uma criança para sempre, feliz e inocente, debaixo das asas quentes da minha mãe e do meu pai, longe do desejo demoníaco do dinheiro e da ganância que eu infelizmente já comecei a ser infectada. Quero continuar preocupada com o mundo, não esquecendo das coisas porque deixaram de ser notícia, fazer perguntas engraçadas e ter que tocar tudo para realmente conhecer.
Ser teimosa e gritar com os joguinhos ridículos de ABC. Sempre achar que seu biscoito é menor que o do amigo ou do irmão, correr e rolar na grama, pular amarelinha na calçada e evitar pisar nas linhas. Ao atravessar a rua, pisar apenas nas faixas brancas ou só nas pretas, saltitando por todo o lugar.
Precisar de beijinho no machucado e faltar na escola por gripe. Chorar no Rei Leão e gritar pela mãe do Bambi. Roubar cobertura de bolo com o dedo indicador, e pular na cama elástica. Lamber o picolé e chupar balas de iogurte. Cantar Ilariê e inventar dancinhas para tudo.
Se só existissem crianças, despreocupadas e incentes, o mundo seria mais verde.

2 de jun. de 2011

Bom, eu adoro romances e isso é fato. Mas infelizmente eu sou uma Forever Alone, então não importa quantos textos sobre amor eu escrever eu não estou vivendo um romance ok?

Ela é o tipo de garota que sempre usa salto alto, e suas roupas sempre combinam.
Já eu sou o tipo de garota que usa tênis invariavelmente, e o jeito que me visto parece que meu guarda-roupas vomitou em mim peças aleatórias.
Ela é o tipo de garota que brinca durante a aula e depois se dá mal na recuperação.
Eu sou o tipo de garota que conta pequenas piadinhas enquanto copia a matéria do quadro negro e que nunca ficou em recuperação em toda a sua vida.
Ela é o tipo de garota que se corta, pela falta do amor dos pais, ou porque algo deu errado.
Eu sou o tipo de garota que tem horror a objetos pontudos, valoriza demais a vida para prejudicar o corpo, cujo amor dos pais é explícito e irrevogável, e que se algo dá errado, eu não me deixo abater.
Ela é o tipo de garota que acorda duas horas antes para fazer chapinha, arrumar a franja, se maquiar e leva meia hora para escolher uma roupa.
Eu sou o tipo de garota que acordo em cima da hora e visto qualquer coisa que vejo na minha frente.
Ela é o tipo de garota que tem uma risada falsa, só ri da desgraça dos outros, e precisa que os outros estejam mal para se sentir bem.
Eu sou o tipo de garota que ri verdadeiramente e exageradamente, e que ajuda quando pessoas caem ou sou empurradas por ela.
Ela é o tipo de garota que chutaria um cachorrinho se ele entrasse no caminho dela.

Eu sou o tipo de garota que adotaria qualquer cachorrinho, mesmo se fosse pulguento ou sarnento.
Ela é o tipo de garota que toma banho em notas de cem e vai ganhar um conversível se passar no vestibular.

Eu sou o tipo de garota que está sempre dura, mas sempre paga o que deve, e que vai ganhar o carro da mãe se passar no vestibular.
Mas no final das contas, não somos tão diferentes. Ambas somos seres humanos, que respiram e tem sentimentos. Na realidade só há uma grande diferença entre nós: Ela tem você.

Skitter - A maluca do blog

31 de mai. de 2011

Lágrimas

Esse é bem curto.

Uma pessoa não está triste apenas quando chora, está nos olhos, cravado na alma. Garotas dificilmente choram em público, porque elas sabem que as pessoas terão pena, e elas não precisam disso, podem ser fortes sozinhas. Preferem guardar para si.
Pena é degradante.

Skitter - A maluca do blog
Me desculpem mesmo por todo o tempo que eu passei sem postar! Eu sei que sumi por muito tempo, mas de repente meu blog não parecia tão importante, e ninguém mais parecia interessado, e então foquei nas minhas histórias. Mas agora que estou terminando de editar meu primeiro e futuro best-seller, eu tenho um ou dois textos que dá para postar. Então vamos lá:

Eu sinto a falta dele o tempo todo, e quando ele está comigo, eu quero que ele vá.
Mesmo sabendo que eu estou só me magoando ao amá-lo, e que ele nunca me olharia com outros olhos, eu tenho ciúmes, choro por ele e sinto falta do tempo que eu era apenas uma amiga para ele. Quando ele não me olhava com nojo.
Ele mudou e eu não. O que significa que eu não sou boa o bastante para ele, e mesmo que eu esteja completamente rendida, nunca ficaremos juntos.
Para ele, eu sou uma completa estranha.

Tem mais um, mas vou colocar em outro post.
Skitter - A maluca do blog

11 de abr. de 2011

Poesias (Se puder evitar, não leia)

Muito tempo se passou desde que a onde de inspiração desapareceu, mas eu achei que devia tentar fazer uma forcinha. Já deixei clara a minha opinião sobre poetas, que não são escritores (com todo o respeito é a minha opinião).
Acho que parte disso é que eu não consigo escrever poesia. Uma pequena parte pelo menos. Então, hoje, vocês vão conhecer algumas das catástrofes que são as poesias da Skitter. Boa sorte e desculpem a demora de postar:

A Lua

Lua de paixões
e de canções
Há luas apaixonadas,
desamparadas.
Luas de amantes,
aterrorizantes.
Serenatas e histórias,
todas ao luar,
A lua,
que sempre irá encantar
A lua,
só a lua
Para sempre a nos apaixonar
A lua

(Sem comentários!!!)

Conto

Um conto é uma história que a morte se põe a contar
Um conto é uma parábula que Deus usa para ensinar
Um conto é tudo que uma pessoa tem para contar.
Um conto é um conto,
um conto, cheio de pontos.

Skitter - A maluca do blog (Oh my Godness, que vergonha!!!)

24 de mar. de 2011

20 de mar. de 2011

No dia do blogueiro, um texto sobre a pressão adolescente...

Faz tempo que eu tinha prometido esse texto que eu tinha escrito como redação na escola, sobre a anorexia, a empresa da moda, beleza, pressão e etc. E por coincidência recebi sexta feira, corrigi ontem e vou postar hoje, no dia dos blogueiros, 20 de março. Parabéns aos blogueiros!!!

Adolescência em risco - Até onde você iria pela pressão?

Pressão é definida no dicionário como ação que uma força maior exerce sobre outras. Pressão, para mim, é o que sente um adolescente 99% do tempo. Existem vários tipos de pressão, e um dos piores é a empresa da moda.
Garotas de beleza extraordinária são postas a prova em um olimpíada insana, onde o único prêmio é um podium. Muitas delas morrem, sem ao menos sonhar em encostar nele, em geral vítimas da fome ou da anorexia. Em um luta louca e bizarra contra a balança, elas são cada vez mais incentivadas, ou melhor, pressionadas pelo desejo de glamour construído pela empresa da moda, um monstro de olhos cor-de-rosa.
Outro tipo de pressão, ainda voltada para a beleza, é exercida pela mídia no geral, dividida em cinema, televisão e música.
"-Todos são bonitos mãe! Eu quero ser também!"
É um desejo que assola muitos adolescentes, pois a mídia os faz acreditar que o mundo deve ser bonito, através de músicas felizes, e pessoas bonitas em toda parte nos programas de TV e filmes. Os adolescentes, meninas e até alguns meninos, cientes de que não são bons o bastante para essa realidade, acabam se submetendo a extremos e prova disso são os números que crescem assustadoramente a cada dia de meninas que desejam e realizam cirurgias plásticas.
Não posso culpá-las pelo desejo de serem bonitas porque vez ou outra eu também já desejei a beleza. Mas essas garotas devem ser impedidas, se não pelos pais, pelos médicos que devem compreender que isso é apenas um indício de baixa-auto estima.
Claro que, além da beleza, existem outros tipos de pressão, mais caseiras, como a inflingida por nossos pais.  Posso apostar minha casa que com pesquisas se constataria que grandes números de adolescentes vão a faculdades, fazem cursos, e mais tarde até arranjam empregos de que não gostam e que não escolheram, tudo por influência dos pais, que só querem o melhor para seus rebentos, contrariando as vezes as vontades deles.
A pressão também pode ter a face de seus melhores amigos. Uma frase popular diz tudo o que eu poderia descrever em um parágrafo inteiro. "Se todos os seus amigos pulassem de um penhasco, você pularia também?"
Enfim, continue em frente e não ceda a pressões. O que importa é o que você gosta e nada nem ninguém, deve ter o poder de te fazer sentir menor. Somos indivíduos em 6 bilhões, se formos reduzidos, e ficarmos menores do que já somos, não existiremos mais.

Redação escolar 16/02
Reescrita dia 19/03

Skitter - A maluca do blog
Razz - A voz da razão

14 de mar. de 2011

Ganhei este belo selo de qualidade do meu colega blogueiro Jonh, que eu admiro muito. Muito obrigada pelo selo!



Nome: Isabella Beatriz Fernandes Rocha
Uma música: Barefoot Cinderella - Miley Cyrus e Borboleta - Marisa Monte
Humor: Geralmente bom, até que me mandam alguma corrente.
Uma cor: Branca! A ausência de escuridão, a cor do cavalo branco, das nuvens que trazem a neve e da neve que cai das nuvens. (Além da cor do geladinho de limão... nham...)
Estação: Todas elas. Escolher uma significa que eu queria que ela ficasse para sempre, mas coisas definitivas me enjoam. Gosto de um tempo ameno, com um bom sol, e uma boa sombra debaixo de uma árvore para ler.
Como prefere viajar: De barco. Só andei acho que duas vezes, mas tem algo de relaxante o jeito que eles balançam, e que nos faz sentir seguros. O melhor de tudo é que você pode levantar e circular, e se você se encher dos seus companheiros de viagem você pula no mar e vai nadando!
Um lugar: Não há lugar no mundo como o colinho da minha mamãe!
Um filme: Por um fio ( Muito emocionante).
Um livro: A Hospedeira / Feios (Descobri que adoro Romance/Ficção Científica)
Um prazer: Ler, comer e apostar corrida comigo mesma.
Um seriado: The Big Bang Theory
Time do coração: Atlético - Paranaense
Frase mais dita por você: Morre diabo (Acabei de dizer) / Daí você acordou né?!
Porque tem um blog: Porque escrever é minha vida e é disso que eu vou viver. Eu quero que as pessoas me conheçam, às minhas histórias, aos meus textos e vejam que eu não sou só uma garotinha brincando de escritora.

Sobre o que você escreve: Geralmente, sobre o amor e a adolescência. Ah e sobre o amor na adolescência. Parece tão clichê, mas não há nada como um clichê bem escrito (Nem se achou agora!)
Escreva a primeira coisa que vier a cabeça: Samba-lelê tá doente, tá com a cabeça quebrada, Samba-Lelê precisava, é de umas boas palmadas!
O que achou do selo: Muito bom para reconhecer novos talentos. 



Blogs que eu considero merecedores:
Eu não costumo ler muitos blogs. Gostaria de reindicar o Na Ponta do meu Lápis, mas como ele já tem o selo, passarei adiante.


Amores Sobrenaturais - Por Kimberlly
Vai na Fé que dá - Por (...)


Obrigada pelo selo Jonh! Valeu gente que lê (Se é que alguém lê). 

9 de mar. de 2011

O chuveiro do meu pai é meu arquiinimigo!

Nos livros, os inimigos ou arquiinimigos são pessoas que você pode realmente odiar. Que faz você criar espuma no canto da boca na simples menção do nome da pessoa. Minha primeira inimiga está ao meu lado enchendo minha paciência, a rainha do falatório, imperatriz dos irmãos mais novos, e a líder do movimento dos baixinhos unidos para acabar com nosso dia, a minha irmãzinha.
Mas o chuveiro do meu pai... Ele bate a nanica de vez! Ele fica bolando planos maléficos a semana toda para nos fins de semana que eu apareço por lá ele acabar comigo. 
Nossas lutas são titânicas, com direito a insultos e tudo mais. No fim eu sempre saio mais molhada do que queria, e mais suja do que eu queria também. 
Esses são os motivos pelos quais o chuveiro do meu pai, é mal:
-Para começar, ele espirra água para todos os lados, ou seja, se você quiser evitar de molhar o cabelo, uma machucado, ou ainda algo mais sério como uma infecção de ouvido, esqueça, nem a touca o protegerá meu amigo!
-Depois, ao contrário da maioria dos chuveiros elétricos, ele fica muito quente.
-E quando você tenta mudar a temperatura para você poder ao menos encostar na água, você leva um choque que chega a aparecer seus ossos como nos desenhos animados, e antes que me perguntem, nem armada com chinelo eu consigo vencer.
-Depois que você investe contra o registro armado de toalha, e consegue colocar em uma temperatura aceitável aí vem a nova questão. Lembra que alguns jatos voam para todos os lados? Pois é, os que são normais e caem para baixo, são tão fortes, que podem arrancar a cabeça de alguém, sem brincadeira....

Skitter - A maluca do blog
Razz - A voz da razão
(Pedimos desculpas pela última postagem, prometemos melhorar a qualidade e aquela postagem já foi excluída.)

20 de fev. de 2011

A pipa

            Inspirado no fim de semana na casa da vovó, e no blog Na ponta do meu lápis, que abriu meus olhos para uma coisa que sempre vi, mas escolhi ignorar.

O menino compra com sua mesada uma bela pipa amarela e vermelha na mercearia, e sorri, afinal, aquela é a melhor pipa do mundo. Ninguém jamais teve uma pipa melhor do que aquela.
Ele saltita sorridente pela rua portando a bela pipa, sem medo de nada, ele se sente invencível, porque ele tem em mãos a melhor pipa do mundo.
Logo providencia apenas do bom e do melhor para a dita cuja, a melhor rabiola, feita do melhor plástico da melhor sacola de mercado, e o melhor fio, enrolado na melhor lata de Nescau.
Tudo do bom e do melhor para a melhor pipa do mundo.
Ele correu pela melhor campina livre dos postes e árvores. Com movimentos precisos do pulso ele desliza a pipa pelo ar, fazendo sua arte, vendo a melhor pipa do mundo em ação.
No horizonte surgem negras nuvens de tempestade, assomando-se na direção do garoto sem pudor, e o mesmo, sem medo, continua a fazer o que mais gosta de fazer com a melhor pipa do mundo.
A ventania começa, predizendo a tempestade e não há tempo para o menino puxar toda a corda toda e então correr, então ele corre enquanto tenta desajeitadamente enrolar o fio na lata. Acima dele a pipa virava-se e revirava-se loucamente.
Então, sem mais nem menos, o menino acidentalmente bate a cabeça em um poste, e no momento de distração, a rabiola da pipa enrola-se no fio, e dá três voltas. O menino dá algumas puxadas, mas nada do que ele tentasse soltaria a melhor pipa do mundo do poste de luz.
Então ele simplesmente parte o fio, e sai correndo fugindo dos pingos cristalinos que o faziam arrepiar.
Não se importava nem um pouco de deixar a pipa para trás.
Afinal era só uma pipa, e ele compraria outra no próximo mês quando recebesse sua próxima mesada.
A pipa alheia a rejeição do menino, só ficou lá, balançando inerte a rabiola enroscada, o fio cortado e o papel de seda colorido que logo se rasgaria.
E ali ficaram, jogadas ao relento, as coisas que minutos antes formavam juntas, o melhor brinquedo do mundo.

Skitter - A maluca do blog (Valeu pela inspiração John!)
Razz - A voz da razão (Que anda meio sumida nas postagens... Pensando bem... A Skitter anda pouco maluca nas postagens... Anyway...)

18 de fev. de 2011

Um novo texto...

Bom... Vocês disseram que eu podia postar textos quando eu quisesse, então vamos lá. Na aula de história, tive um insight interessante...
Se os quadros fossem professores eles saberiam as coisas de vários jeitos, sobre vários pontos de vista e de várias maneiras que foram escritas nele. E se depois da aula, o Prof Fábio Quadro entrasse em seu carro quadrado, e dirigisse até sua casa quadrada, e encontrasse sua esposa, Lara Quadra e Quadro Júnior.
E se no dia seguinte, quando Quadro Junior entrasse pelos portões quadrados da escola quadrada acompanhado de seu pai, um renomado professor quadrado, corresse para os amigos quadrados, e quando olhasse para o lado visse a quadrinha mais linda do mundo...
Mas não pudesse se aproximar dela, por ela e suas amigas ser um modelo de quadro infantil em formato redondo. E se Quadro Junior quissesse, e queria, do fundo do coração conhecer Maria Bola, mas não pudesse, por pensar como os amigos, e pais reagiriam? Afinal... Ela era redonda.
Então me lembrei dessa música:

You're Beautiful - James Blunt


Minha vida é brilhante
Meu amor é puro.
Eu vi um anjo.
Disso tenho certeza.
Ela sorriu pra mim no mêtro.
Ela estava com outro homem.
Mas não perderei o sono por isso,
Porque tenho um plano

Você é linda.Você é linda.
Você é linda, é verdade.
Eu vi seu rosto num lugar lotado,
E não sei o que fazer,
Porque nunca estarei com você.

Sim, ela chamou minha atenção,
Enquanto nós passamos um pelo outro.
Ela poderia ver no meu rosto que eu estava,
Voando alto,
E eu não acho que a verei novamente,
Mas nós compartilhamos um momento que durará até o fim

Você é linda.Você é linda.
Você é linda, é verdade.
Eu vi seu rosto num lugar lotado,
E não sei o que fazer,
Porque nunca estarei com você.

Você é linda.Você é linda.
Você é linda, é verdade.
Deve haver um anjo com um sorriso no rosto,
Quando ela pensou que eu deveria estar com você.
Mas é hora de encarar a verdade
Eu nunca ficarei com você.

Espero que tenham gostado, e agora eu vou fazer a inutilidade de secar a louça, impedindo que a água evapore em seu modo natural, e quebrando o equilíbrio de TODO O MUNDO!!!
Brincadeira, vou só fazer meu dever de secar a louça...
Skitter - A maluca do blog
Razz - A voz da razão

17 de fev. de 2011

Mais dicas da Mamãe Skitter para futuros escritores...


Dicas da Mamãe Skitter para futuros escritores.

            Bom, depois de ver MUITAS irregularidades em MUITOS blogs, e no Nyah!Fanfiction, e deixar vários comentários dizendo que a Mamãe Skitter teria que ensinar a postar, resolvi criar algumas regras/dicas/sugestões para ajudar os futuros autores, escritos pela talentosíssima (ou quase), Mamãe Skitter:


Seção número 1 – Falando de gramática

            1- Por favor, gente. Atenção à língua portuguesa. Só porque você fala uma coisa, não quer dizer que seja assim que se escreva.
Errado:- Alou.
            -oie manu. falae vamu caminha, pragente compra uns bagaço lá no shoping.
            -ah vei, a gente vamo demorá muito? Purque eu priciso ir no dentista.
            Certo (Que faz bem para os olhos e tenta ressuscitar a coitada da língua que foi morta pelo ser acima): -Alô?
            -Oi. Tudo bem? Vamos caminhar? Nós podíamos comprar umas coisas lá no shopping.
            -Ah, pode ser, mas vamos demorar muito? Porque eu preciso ir ao ortodontista mais tarde.
            Objetivo: -Não assassinar a Língua Portuguesa, carinhosamente chamada de Português nas escolas do Brasil, a sexta língua mais falado no mundo e que merece respeito e carinho, o que alguns seres não demonstram.
            -Deixar o texto mais fácil de ler, porque ninguém merece tentar interpretar erro de português. De digitação ainda vai, mas adivinhar o que o ser quer dizer, tem que ter uma paciência divina.
            O único jeito de conseguir ter o menor número de erros possíveis é REVISAR, REVISAR E REVISAR. No blog que eu leio (que é muito bom) Caindo de Boca, elas dizem que nunca á demais revisar, porque um livro NUNCA vai estar realmente pronto e livre de todos os erros... Mas ninguém é perfeito, porque os livros tem que ser?
            2- Ponto de exclamação não é ponto final, peloamordedeus!
            Errado: Me aproximei! Estava com muito medo, mas tinha meu melhor amigo do meu lado! Ele ia me proteger! Caminhamos vagarosamente pela mata escura!
            -Ei Rebekka! - Ele sussurrou - Vamos acampar naquela clareira!
            Certo:Me aproximei. Estava com muito medo, mas tinha meu melhor amigo, do meu lado e ele ia me proteger.Caminhamos vagarosamente pela mata escura.
            -Ei Rebekka... - Ele sussurrou - Vamos acampar naquela clareira.
            Objetivo:-Nem preciso dizer que quando se usa o ponto de exclamação em excesso nunca se sabe se tem ênfase na voz do personagem, sem contar que o texto fica confuso e amador.
            3- Alguns livros renomados, cometem gafes que nos deixam confusos, e isso se dá principalmente por causa dos diálogos. Lembrando que não estou ditando regras, estou dando dicas de amiga. EU sempre prefiro, quando o personagem fala desse jeito:
            -Então o que vai ser? – Ele perguntou olhando para ela com curiosidade. Texto. Texto. Texto. Texto. Blá blá blá Whiskas, blá blá blá Whiskas, blablá blá Whiskas. Encheção de lingüiça que sempre funciona para deixar seus textos elegantes – Já decidiu?
            Porque você sabe que é o personagem falando a mesma fala. Mas em livros muito bons como Wake (Fade ; Gone) e Beijada por um anjo ( Beijada por um anjo – A força do amor; Beijada por um anjo – Almas Gêmeas) deixam-nos confusos porque seus diálogos são assim:
            -Então o que vai ser?
            Ele perguntou olhando para ela com curiosidade. Texto. Texto. Texto. Texto. Blá blá blá Whiskas, blá blá blá Whiskas, blablá blá Whiskas. Encheça de lingüiça que sempre funciona para deixar seus textos elegantes.
            -Já decidiu?
            Sendo que o mesmo personagem disse a mesma coisa. Mas você optará pelo melhor modo.
            4- Lembre-se da nova ortografia, que daqui para frente, ter um selo dizendo que está de acordo com o acordo ortográfico atrairá muitos leitores. Use a página listada ao lado para se orientar.
            5-E nunca se esqueça, do fundamental Tab, no caso parágrafo, que para quem não sabe fica acima do CAPS LOCK. Ah, o CAPS LOCK também é importante. Deixar as letras maiúsculas depois dos parágrafos e dos travessões.
6- Caiu de paraquedas na minha vida, uma autora que disse algo que eu jamais tinha ouvido falar em toda a minha vida. Toda a vez que um personagem ia fazer uma pergunta, e ela tinha escrito "Ela/ele perguntou" antes, ela simplesmente não colocava o ponto de interrogação. Para o caso de haver mais autores com este problema, não importa, ok? Ponto de interrogação está SEMPRE no fim de perguntas. SEMPRE!


            Seção número 2 – Falando da estética da história.
            1- Nunca comece descrevendo tudo.
            Errado: Meu nome é Rebekka, tenho 14 anos, tenho cabelos castanhos como os da minha mãe, olhos verdes como meu pai, peso 64 quilos, e tenho1,64 de altura. Minha casa tem três andares, no primeiro tem a sala, dois banheiros e a cozinha, no segundo tem os quartos, e no último meu sótão. Tenho 3 irmãos que são assim, assim, assado, e muitos amigos
            Certo: Desço pelas escadas para chegar ao segundo andar e acordar meus três irmãos batendo em suas respectivas portas. Depois desço para o primeiro andar, escovo os dentes e meus cabelos castanhos, enquanto encaro meus olhos verdes no espelho. Vou para a cozinha onde minha mãe já preparou o café, e o telefone está tocando.
Atendo, é um dos meus amigos.
            Objetivos: - Fazer o leitor se interessar pela história
            -Deixar o começo mais interessante
            -Não deixar repetitivo
            -Dar lugar a imaginação do leitor na hora de imaginar as cenas.
            -Deixar os personagens mais intensos dando poucos detalhes de cada vez.
            2- Cuide da coerência das histórias.
            Afinal, você não pode começar uma história na China, onde seus personagens estão cercados de pessoas, mudar-se para a Inglaterra e todas as pessoas irem com eles. Não seria coerente, certo? Quero dizer, várias famílias não podem ter a exata mesma ideia, na exata mesma cidade e etc.
            3- Torne-se uma super-espiã. Escrevemos sobre coisas, lógico. Se você vai escrever sobre alguma coisa, logicamente você tem que conhecer essa coisa. Kathryn Lasky, a escritora de a Lenda dos Guardiões, escreveu esse vasto romance sobre corujas e para isso, fez uma vasta pesquisa sobre corujas. Stephanie Meyer realizou pesquisas sobre os vampiros e lobisomens de seus livros, lendas de vários lugares... Visitou Forks, fez enquetes etc...
            Se você vai escrever um livro medieval, faça pesquisas sobre que séculos que vai se passar. No resumo, pesquisem, espionem, e escrevam.
            4 – Assista bons filmes e use atores como parâmetro.
            Bom, é LÓGICO que filmes são livros para folgados. Mas, é difícil imaginar todos os seus personagens com clareza, porque as vezes, eles não existem. Passe alguns minutos por dia, observando o ator que você escolheu para representar seu personagem, logo você terá decorado suas feições e imaginá-lo do seu jeito ficará muito mais fácil.
            5 – Nunca plageie! Plágio é crime com patente ou não. É anti-ético e imoral. Se faltou criatividade, copie e cole, mas depois reescreva do seu jeito, de modo que não seja mais a mesma coisa.




Em breve mais dicas! Fiquem ligados!
Skitter - A Maluca do Blog