23 de mai. de 2012

Meme: Conheça o Blogueiro


Bem, esse meme eu não ganhei, eu "roubei" por assim dizer. A Diário de Uma Leitora Compulsiva deixou o convite em aberto para quem quisesse fazer, e porque não? Vocês já se perguntaram alguma coisa sobre mim? Bem, aqui vão as respostas:

1 - Quando surgiu a ideia de criar seu blog?
Na verdade não foi algo espontâneo tipo "Uau, vou fazer um blog para os meus textos!". Não foi nada disso. Mas desde pequena eu coloquei na minha cabeça que eu queria ter um blog. As primeiras tentativas não deram nada certo (vou comentar em outra pergunta), e eu abandonei o blogger por alguns anos. Porém, eu comecei a escrever meu primeiro livro e em algum momento eu decidi que seria escritora. Simplesmente acordei pensando nisso. E aí eu lembrei da minha conta do Blogger inutilizada e criei o blog mais simples do mundo, postei o post mais esdrúxulo esperando que o mundo inteiro lesse e fiquei decepcionada com minhas duas visualizações no dia seguinte.
2 - Origem do nome do blog:
Bem, na verdade isso é um pouco óbvio. Eu acho que esse sempre foi o meu título, desde o início. Minha mãe insiste para que eu mude o nome do blog para Sou Escritora. Mas fala sério... Vocês gostam assim, não é?
3 - Você teve/tem outros blogs além deste?
Sinceramente a minha história com blogs é longa e o Serei Escritora, com sua média de 10 visualizações diárias é o ponto alto dela. O primeiro de todos os blogs se chamava Carne é Crime, e eu criei com a minha melhor amiga quando estava tentando ser vegetariana. O problema de criar um blog quando se tem 7 anos, é que você não lembra a sua URL e nem a sua senha. Até hoje eu não sei o que foi feito do Carne é Crime. Mas enfim... Depois teve o Eu So Loka, um ancestral paleolítico do Serei Escritora. Era, inicialmente, para dar vazão à toda a loucura que eu guardava dentro de mim (e todo o internetês que eu tinha acabado de aprender, com meus 8 anos de idade). Novamente, a senha se perdeu. Mas o Eu So Loka permaneceu até eu deletá-lo algum tempo atrás. Depois, veio o conhecido Serei Escritora, que todos ai amam #yaaaaay (ou não). Junto com ele, criei o Fanfics da Bella, que existe até hoje por razões sentimentais, mas que está inutilizado. Se quiserem ler minhas fanfics, procurem pela Bellah102 no Nyah!Fanfiction. Enfim, depois eu criei o Abra A Kadabra, onde eu me transformaria de uma maluca para uma aprendiz de feiticeira chamada Kadabra. Mas depois de dois posts, percebi que não levei jeito para a coisa e o exclui. Atualmente, dedico toda a minha atenção limitada ao Serei Escritora.
4 - Já pensou em desistir alguma vez do seu blog?
Meu querido, estou sempre pensando nisso. Quando me dá uma temporada de seca, e eu preciso de um comentário amigo para me ajudar a continuar e não vem nenhum. Checo, checo, checo, checo e nada. Minha conclusão é que ninguém lê. Porém, como eu sei que a internet é um importante meio de comunicação eu continuo, porque eu amo esse blog e todos os meu leitores -apesar de eles serem comentadores avaros.
5 - Mande uma mensagem para seus seguidores:
Ei, você ai! É você mesmo. Eu amo você. Amo mesmo. Acha que se eu não amasse, eu diria? Eu amo vocês todos. Muito obrigada aos seguidores, aos leitores fantasmas, aos pedófilos que querem meu corpo nu, obrigado a todos, porque cada risquinho nas estatísticas conta para mim. Saber que as pessoas estão lendo o que eu escrevo, isso é extremamente gratificante. Eu não tenho um super design e nem editoras que me patrocinam só porque eu resenho seus livros. Tudo o que eu tenho a oferecer são os meus textos simples e curtos, mas que escrevo com todo o amor do meu coração especialmente para vocês. E mesmo que eu reclame dos comentários, no fim do dia não importa. Porque eu cumpri a minha missão de deixar a minha marca, por mais pequena que seja a audiência.
Sobre a blogueira: Meu nome verdadeiro é Isabella Beatriz, mais conhecida como Bellatriz (E para a tristeza do fãs da Razz, ela não existe OK?).


1 - Uma música: Uma só? Poderia citar centenas delas. Mas uma só? Vejamos... Fireflies, do Own City.
http://letras.terra.com.br/owl-city/1511274/traducao.html

2 - Um livro: Putz..., para livro eu sou ainda pior do que para música. Mas acho que o número um de toda a minha estante é A Hospedeira da Stephenie Meyer.


3 - Um filme:  Nemo. Eternamente.


4 - Um hobby: Ler, é claro. Nenhum escritor é realmente bom sem ler, a menos que tenha um dom singular tipo MUITO singular. E eu adoro. Eu sei que dizer que viaja é clichê, mas é exatamente assim que eu me sinto. Além disso, cantar e tocar. Toco violão e teclado, um pouco de piano. Tentei aprender gaita pela internet, mas não fui muito persistente. 


5 - Um medo: Escuro. Parece infantil não é? Mas tem algo no escuro que me deixa inquieta... Pode ser coisa de escritora, mas eu sempre acho que tem algo no escuro. 

6 - Uma mania: Cantar no banho. Conduzo meus vizinhos e parentes à loucura, mas nunca paro. Hora do banho é hora de show. 


7 - Um sonho:  Ter minhas própria editora especializada em escritores com menos de 21 anos e ser seletora de originais. Ser paga para ler?! Uh-la-la!


8 - Não consigo viver sem: Minha mãe, minha York Sunny, meu ursinho, Sr. Perro, que dorme comigo, livros e cadernos. 


9 - Tem coleção de alguma coisa? Coleciono, além de informação inútil no meu cérebro, filhotes de cerâmica, ou de plástico. Sabe aqueles cães que seguram plaquinhas de bem-vindo? Ou que vêem junto com as barbies ou pollies? Tenho mais de 150 desses (o que me rendeu uma medalha quando eu era escoteira). Além disso, coleciono as revistinhas da Turma da Mônica Jovem, não perco uma edição (Falando nisso, alguém tem a edição colorida da Turma do Cebola Jovem? Eu preciso!).


10 - Gostaria de fazer alguma pergunta para os próximos participantes? (No caso do leitor, responda no comentário):
Qual a cor da sua escova de dentes? (Tenho uma fixação com isso)


11- Do que você mais gosta no seu blog? De ser eu mesma. De poder postar o que eu sinto, seja indignação ou felicidade, crítica ou sugestão. De poder dar um pedacinho de mim à quem estiver disposto a aceitar.



12- Se você fosse um personagem de um livro, qual seria e por quê? (Pergunta da Ju, do Diário de Uma Leitora Compulsiva / Link lá em cima)
Eu acho que eu seria a Renesmee de Crepúsculo. Porque ela é muito sortuda. A família dela é foda, ela tem um namorado lobisomem e não precisa ir a escola. Há, detalhe, ela BRILHA na luz do sol. Tem alguma coisa mais irada que isso?

Então foi isso galera, espero que tenham gostado de me conhecer um pouquinho. Assim como a Ju, deixo o meme aberto para quem quiser fazer! Divirtam-se e se fizerem, deixem o link nos comentários para eu conhecer mais vocês. Beijão! 

Bella - Dona dos Pseudônimos


16 de mai. de 2012

#VamosTerGarra

Estou aqui para expressar a minha indignação. Sobre o que? Bem, só digamos que não sou a primeira e muito menos a unica, mas eu simplesmente não pude ficar calar. Perdão se eu ultrapassar o limite, mas essa é minha sincera opinião. O que nós somos? Como brasileiros e pessoas, seres humanos, para o olhar do mundo?
Somos negros e índios, com traseiros de escalas quilométricas, com macacos e papagaios empoleirados nos ombros, que sambam a toda a hora e jogam futebol com tudo o que encontram jogado na rua. Ponto. Sim. É o que pensam de nós. Bunda. Samba. Macacos. Diferença Étnica. E futebol.
Bem, quanto aos traseiros femininos brasileiros, não há muito o que se fazer. Acho que os homens precisam da fantasia de algum país tropical onde mulheres andam de biquínis minusculos para todo o lado, exibindo tudo o que tem. Quanto ao samba, eu também entendo. Nosso ritmo é marcante, gostoso, contagiante. Não me admira que os estrangeiros gostem tanto. Tenho orgulho - pelo menos dessa parcela - da música brasileira. Quanto aos macacos e à diferença étnica, não sei muito bem o que pensar. Provavelmente é algo que eles captaram ao passar os olhos sobre uma página da Wikipedia antes de plagiá-la (Afinal, que estudante já não fez isso?).
Finalmente chegamos aonde eu queria chegar desde a primeira linha. O futebol. É aí, que meia duzia de pé-de-alface (Como diz a vlogueira Bárbara Miyaji), começam a reclamar enquanto leem o texto, sentados atrás de uma luminosa tela de computador, comendo um imenso pedaço de bolo colorido. "Mas eu não gosto de futebol". Não importa. Isso ainda é para você. Eu sempre gostei de futebol, mas nunca tive vontade, nem interesse de entender o jogo completamente, principalmente porque eu odeio cada um dos 20 e poucos homens em campo por ganharem tanto para malhar e jogar um jogo que homens jogam de graça nas canchas publicas, enquanto pessoas morrem em hospitais caindo aos pedaços, esquecidos, não por Deus, mas pelo governo. Enfim, gosto, mas não gosto.
Esses dias, tivemos um jogo importante aqui no Paraná, com nossos times principais, disputando alguma coisa, que até hoje não descobri o que era. Desde pequena, fui levada aos jogos de futebol pelo meu pai (que não aceita assistir jogo sem seu fiel radinho a pilha, hábito que ele adquiriu com meu avô, que usa um trambolho singelas 15 vezes maior), e doutrinada a torcer. Fui ensinada sobre o que deveria cantar - e sobre só cantar aquilo no estádio. É divertido. É empolgado. É se sentir vivo. Resumindo, ir torcer no estádio é o máximo. Porém ver o jogo pela televisão, com a desculpa dos aficcionados, é uma droga. Eu me entedio tão rápido quanto na aula de biologia. Nesse jogo, apenas passei os olhos pelo placar enquanto batiam os pênaltis finais, que é possívelmente a parte do jogo que eu menos entendo - E com o nome mais engraçado.
Enfim, na escola, no dia seguinte, fiquei espantada ao descobrir que a maioria dos meus colegas, às vesperas de uma dificílima prova de física, não penas haviam assistido o jogo, como chorado e se emocionado com o resultado. Fiquei espantada com a força que esse esporte tem sobre nós. E foi na hora que me voltou a cabeça, a revolta sem sentido que eu tinha sentido ao ver a nova propaganda do Itau, que lança a proposta #VamosJogarBola. Ali, eu entendi porque tinha ficado tão brava.
VAMOS JOGAR BOLA! Diz o anúncio. Vamos fingir que estamos doentes, matar o trabalho e ir jogar bola! Afinal, esse é o jeitinho brasileiro, certo? Somos preguiçosos e só o que fazemos da vida é jogar futebol e comer arroz e feijão não é? Não! Além de eu também comer hamburguer de vez em quando, somos mais do que isso. Ser brasileiro é muito mais do que isso, muito mais do que o Itau, um banco supostamente feito para você, brasileiro, pensa de nós. E mesmo que eles patrocinem e aleguem que a "festa do futebol" será na nossa casa, jogar bola não vai resolver nossos problemas sociais, o atraso das obras para a copa e nem a fome do nosso povo, de um dia para o outro. É preciso esforço. Força de vontade. Trabalho. Educação. Porque afinal, não é preciso ser brasileiro para jogar bola.
O que realmente nos diferencia de tudo e de todos por ai, é a nossa garra. De torcer, de procurar resultados, se emocionar com replays. É por isso que há tantos torcedores. Porque direcionam sua garra para as telas. É por isso que formamos atletas lendários. Porque eles direcionam a sua garra para vencer e deixar o país orgulhoso. E é disso o que precisamos para mudar nosso país. Direcionar, mesmo que seja um pouquinho dessa força para o problema real. Aí sim, poderemos jogar bola. É por isso, que lanço aqui nesta postagem, uma contra proposta contra a do Itaú.
A curto prazo, #VamosTerGarra Brasil! Vamos trabalhar! E depois, a longo prazo, #VamosJogarBola para relaxar, afinal ninguém é de ferro. Mas então, não haverá nada no nosso caminho. E poderemos jogar até cansar.
E então brasileiros? #Vamos ter Garra?


9 de mai. de 2012

Agora, se beijem!

Conhece esse meme? Provavelmente sim. Bem, ele foi a inspiração para o texto de hoje. Espero que gostem. Com certeza, todo mundo tem, já teve, ou vai ter um colega implicante como esse:

                -Ai eu disse, não acredito! E ela disse como assim? Ai eu disse, é isso ai! E ela ainda teve a cara de pau de olhar na minha cara e dizer...
                Fui interrompida por uma pancada no ombro. A minha frente, William continuou correndo, agora de costas para receber a bola de futebol americano que o amigo lançou para ele detrás de nós.
                -Seu grosso! Por acaso é cego?
                Perguntei interrompendo minha história sobre a vadia da Barbra se achando melhor do que eu só porque papai tem graninha. Cat não disse nada, só cruzou os braços e calou-se. Minha amiga não gostava muito de confrontos. Eu também não, mas quando se tratavam de William, eu fazia questão de travá-los com as melhores armas que pudesse arranjar.
                -Duas esquisitas no meio do campo. Isso é totalmente contra as regras.
                -Para a sua informação, - Eu disse ameaçando espumar pela boca - Isso não é um campo de futebol, é uma calçada pública.Que, caso a sua mente retrógrada e paleolítica não saiba o que significa, quer dizer que pertence a todo mundo!
                Ele deu de ombros e mostrou a língua para mim e atirou a bola de volta ao amigo de trás, recusando-se a ir embora. Revirei os olhos. Muita maturidade. Virei-me para Cat, decidindo ignorá-lo completamente. Era o que minha mãe sempre me disse para fazer em situações assim. Afinal, veneno só faz mal se você engole.
                - O que eu estava falando mesmo? Ah é, da Barbra. Ai ela ficou tipo assim, tá falando sério? E eu perguntei, tá falando comigo? E ela ficou tipo, o que?
                A bola que William e o amigo trocavam acima de nós caiu bem nos meus braços, entre meus livros e meus seios. Levantei os olhos irritada, congelando William com o olhar e internamente destruindo-o com um raio laser roxo. 
                -Devolve ai, Magnólia.
                Ele pediu, batendo palmas. Aposto que assim que eu jogasse para ele, ele faria uma piadinha sobre como eu era fraquinha. Olhei para o lago que corria ao lado da calçada e troquei um olhar com Cat. Por um segundo pude vê-la implorar que eu não fizesse, mas depois ela revirou os olhos, sabendo que eu ia fazer. Joguei a bola lá embaixo, acertando diretamente na água barrenta, fazendo-a espirrar em várias direções. William olhou lá para baixo, chocado por um segundo, mas então empurrou meu ombro com as duas mãos, desenganchando meu braço do de Cat, que tapou a boca, assustada com a reação do meu arqui-inimigo.
                -Você está louca é? Só pedi para devolver a bola! Qual o seu problema?
                -Você!
                Respondi sinceramente.
                -E o que eu fiz para você?
                -Bem, para começar você nasceu. E me chama de “coisa, esquisita, e nojenta” desde que eu consigo me lembrar. Você costumava jogar suco na minha roupa para dizer que estava urinando ou suando. Você insiste em esbarrar em mim nos corredores. Você insiste em jogar uma bola em mim em toda aula de educação física. Quer que eu continue, ser odioso?
                Ele me empurrou novamente.
                -Ora eu devia...
                -Ir buscar sua bola que a correnteza vai levar?
                Terminei a frase para ele. Com uma carranca assustadora, ele e o amigo começaram a descer o barranco. Enganchei meu braço no de Cat e voltamos a caminhar na direção da escola. Assim que estávamos à uma distância segura, voltamos a falar.
                -Dá para acreditar nisso? - Perguntei exasperada. Cat suspirou. – O que foi isso?
                -Nada.
                Ela disse baixinho balançando a cabeça.
                -Vamos lá. Desembucha.
                Ela suspirou novamente e me encarou com os tímidos olhos verdes faiscando.
                -Olha, eu sei que o que eu vou dizer você já ouviu. Todo mundo fala isso mas é verdade. Ele te irrita desse jeito porque ele gosta de você. E você gosta dele.
                Senti-me ultrajada, difamada e violentada. Sim, eu já ouvira isso. Já tivera que aturar musiquinhas, risinhos, perguntas desconfortáveis, e os longos discursos da minha mãe. Mas eu nunca imaginara que a minha melhor amiga, a criatura mais fofa, afável e tímida da terra teria coragem que cometer uma atrocidade dessas. Eu, apaixonada pelo William? Era mais fácil porcos voarem! Sacudi o braço e saí a passos pesados.
                -Maggie! Espera! Desculpa!
                -Acabou tudo entre nós, Catelyn! Agora você vai assistir Game Of Thrones sozinha, e jogar badminton sozinha... E twittar sozinha! Vou dar um baita unfollow em você! E no tumblr também! É!
                Eu disse, magoadíssima, cruzando os braços e correndo.

                Meu mau-humor devido à briga com Cat teve uma pausa quando William e seu amigo entraram na sala com uma autorização. Eu não pude evitar de rir. Ambos estavam encharcados, mas William estava pior. E fedia. Havia folhas e lama pingando de seu cabelo e eu tinha certeza que era uma minhoca caminhando em seu ombro. O professor os mandou para o banheiro para se lavarem, e antes de sair, William lançou um olhar assassino para mim, enquanto eu me dobrava de rir sobre a mesa.
               
                Quando o sinal bateu, sinalizando o fim da aula de física, William estava de volta, de cabelos molhados, porém não mais sujos e de roupa limpa, que ele provavelmente devia ter no armário. Assim que o professor deixou a sala, ele veio diretamente na direção, como um míssil.
                -VOCÊ! – Ele gritou marchando na minha direção. – Sua garota imprestável! Porque fez aquilo com a bola nova que meu pai me deu? Eu estou fedendo!
                Observei-o de cima a baixo e soltei um risinho cínico.
                -Nada mudou.
                Eu disse dando de ombros. Ele se aproximou, puxando minha camiseta, como se planejasse me bater.
                -Sua irritante! Eu não fiz nada para você!
                Dei um tranco para que ele me soltasse.
                -Me solta, seu Neandertal!
                -Babaca!
                -Insignificante!
                -Nerd!
                -Implicante!
                Cat surgiu do nada ao lado da nossa discussão.
                -Que droga, se beijem logo!
                Ela empurrou William para cima de mm. Ele estava tão próximo que seus lábios foram direto de encontro com os meus. Por um segundo, a relutância de ambos os lados por palpável. Ele chegou a morder minha língua. Mas antes que eu ordenasse que meus braços o tirassem de cima de mim, sua língua invadiu minha boca sem a minha permissão. Ou William era um beijador desajeitado ao extremo (O que era bem possível), ou aquele beijo era um acidente completo. Mas ainda assim, por alguns momentos eu simplesmente aproveitei. E me atrevo a dizer que gostei. Que gostei de beijar William!
                Abri os olhos e o vi próximo demais. Ele abriu os olhos ao mesmo tempo, quebrando o encantamento que criava uma bolha de silêncio ao nosso redor. Todos na sala aclamava, se empurravam e acotovelavam para nos ver. Empurrei William para longe, não querendo que todos me vissem com ele.
                -Ui! Eca! Sai daqui! Eu te odeio, lembra?
                Ele se recompôs do empurrão, parecendo confuso por alguns segundos e depois voltando à carranca inicial.
                -É . Eu também te odeio!
                Disse, se afastando. Percebendo que o conflito e o beijo tinham acabado, nossos colegas começaram a dispersar. Quando encarei Cat ela me lançou um sorrisinho que claramente dizia “eu te avisei” e foi se sentar. Confusa, endireitei-me na cadeira, tocando meus lábios com a ponta dos dedos e corando. Eu tinha mesmo, perdido o meu BV com o William?!
                -Ei Magnólia! – Chamou William atrás de mim. Virei-me para ele – Quer dar uma volta qualquer dia?
                Ele perguntou sorrindo. Fiz que sim.
                -Claro. Eu vou adorar.