10 de dez. de 2011

Madrugada

Então, sabe aquelas noites que você não consegue dormir? Em que seus irmãos estão assistindo um filme de guerra na sala e você está deitada na cama, ouvindo os tiros, pensando na morte da bezerra? Quero dizer, não que haja morte de bezerras em filmes de guerra... Vocês me entenderam... Bem, cá estou eu, extamente 23 horas da noite de um sábado, acordada, de pijama, banho tomado, dentes escovados, porém em uma cama que não é minha e que fica ao lado de um computador. Claro que tentei fechar os olhos e pedir a mim mesma que não olhasse para o computador, mas meu instinto de blogueira falou mais alto.
O computador ligado no mesmo quarto que você é como uma torneira pingando em algum lugar da casa. Aquele ping ping faz você se questionar de onde ele vem, se há defeito na torneira, de onde veio a primeira torneira, será que os aliens tem torneiras? Torneiras poderiam dominar o mundo e se podem, qual o sentido de vivermos aqui nesse mundo azul cheio de águas que descem por canos até as torneiras que pingam durante a noite? Mas com um computador, a coisa é um pouco melhor e vai menos longe, porque quando criamos a coragem de sentar a frente do monitor que ilumina nossos rostos com sua luz azul, o sábio Google está lá para nos orientar e atender às questões como porque as bruxas são ligadas ao mal, e porque o quarto livro de Eragon existe quando Christopher Paolini prometeu que seriam 3 e porque demora TANTO para ser traduzido.
Em resumo, não há nada que seduza mais na face da terra do que o zum ininterrupto e baixinho de um computador que não está sendo utilizado. Pelo menos não para uma escritora. A não ser é claro que meu lado adolescente fale mais alto, e a cama grite por mim, mais alto que o sussuro do monitor.

Ping Zum Ping Zum Ping Zum...

Skitter - A Maluca do Blog

Um comentário:

  1. Muito bom este texto, querida. Ainda mais quando é lido por alguém que estava na mesma casa, no mesmo horário...

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