16 de jul. de 2010

Nunca julgue um livro pela capa

O fazedor de velhos, título interessante, envolvende, curioso... A capa, ilustração estranha, laranja, as páginas, grossas. Eca. Odiei de cara. Ojeriza. Acontece que havia uma coisa que eu ainda não descobrira. O autor ainda tinha planos para mim.
Todo trimestre na escola, nos pedem para ler dois livros, eu amo livros, então adoro isso. Os desse trimestre eram dois, "A megera domada" de Shakespiare e "O fazedor de velhos" de Rodrigo Lacerda. Ao ler a sinopse de a Megera domada, me apaixonei, queria porque queria ler. Mas a minha professora revelou que o outro livro viria primeiro.
Que decpção... Fiquei de birra, não queria ler de jeito maneira. Mas eu sou uma pessoa sistemática, (ou penso que sou) e desenvolvi um sistema para ler meus livros muito simples. Obedecer religiosamente a ordem de livros que eu tinha para ler. Finalmente chegou a vez do dito cujo. Comecei, parei na décima página, ainda de birra, dizendo: "não vou, não vou, e não vou !"
Bom, só posso dizer o quanto estava errada. Amei o livro. Amei! Eu estou acostumada com a ventura, ação, vampiros, lobisomens, anjos, fantasmas, espadas, escudos, mortes, e reis, mas o quando adorei aquele livro, foi contra todas as minhas leis sobre o que um livro bom deve ter.
O livro fala sobretudo do prazer de ser escritor, que é o prazer de sentir, ver o tempo passar diante dos seus olhos e conseguir transmitir para o mundo a mensagem que o tempo tenta passar.
O livro descreve a verdadeira missão de qualquer escritor, seja em revistas, em jornais, ou livros de ficção, e até livros didáticos, que é ser um fazedor de velhos. Aquilo me afetou, não só pela grande lição, mas pelo jeito como achei que o livro não levaria a nada.
Rodrigo Lacerda? Um gênio! O fazedor de velhos? Grande obra! Pelo que você julga um livro? Pelo conteúdo! Acabou a inspiração? Acabou! Quer fazer um lanchinho? Eu quero!
Skitter - a maluca do blog, ( queé contra julgar livros pela capa e à favor de lanchinhos à qualquer hora do dia!)

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